segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Decisão.

Tomar decisões não é a coisa mais facil do mundo. Acho que, disso, todo mundo sabe. É frequente, por exemplo, a gente se apaixonar por mais de uma área acadêmica, ou gostar de mais de uma pessoa na adolescência, ou mesmo decidir se vai gastar aqueles 50 reais que o pai deu para o fim de semana em farra, cinema, gasolina ou os três.

Há sempre o pensamento: e se eu me arrepender? E se eu tiver feito a escolha errada? E se não tiver chance de voltar atrás? E se der tudo errado? E se... e se... e se... Com isso, vai ficando cada vez mais difícil se resolver e o tempo, que não está nem aí para ninguém, vai seguindo seu caminho. Eu diria mais: vai fazendo o seu trabalho, resoluto e sem olhar para trás. Literalmente.

É como numa partida de xadrez, onde jogamos contra o tempo, que não cede nunca. Ao menor movimento nosso, ele vai e prontamente joga de volta. Se não nos movimentamos de jeito nenhum, ele permanece na vantagem, esperando sempre que a gente jogue a nossa vez e, se não o fazemos, deixamos o mundo, dando-lhe a vitória. Xeque-Mate!


Esse jogo não se assemelha a nenhum outro que se conheça. Tantos joguinhos por aí com opções de níveis fácil, médio ou difícil, não se comparam ao Jogo da Vida, que só tem um nível: o Expert. Só vence quem aceita jogar nesse grau de dificuldade. Quanto aos outros, é melhor que nem comecem. Como isso não se escolhe (não pedimos para nascer), não nos resta muita escolha.

E o hábito de decidir se faz importante justamente por conta dessa verdade. Quanto mais cedo se toma uma decisão, melhor para a pessoa que o faz. Grandes talentos e prodígios que vemos todos os dias no mundo (não todos eles, mas boa parte), começaram a praticar o que sabem desde muito cedo. Pianistas brilhantes, por exemplo, praticam desde tenra idade, conseguindo alcançar uma notavel excelência.

Tudo isso porque decidiram que dedicariam suas vidas para esta atividade. Perderam dias e noites praticando em frente ao instrumento, com o fim de se tornarem exímios. Há, inclusive, uma história a respeito de uma senhora cujo neto de 18 anos tocava piano espetacularmente bem. Chegando perto dele ela disse: eu daria a minha vida para tocar como você. Ao que ele respondeu: foi isso o que eu fiz.


Dedicação. Prática. Essas duas palavras andam lado a lado com a decisão. Pode-se dizer que são primas, ou irmãs. Dão-se bem, ao se unirem. Fazem do sujeito que as usa uma pessoa melhor, mais robusta, com mais gana de ir em frente, vencer e ser feliz. Decidir, dedicar e praticar são hábitos que precisam ser criados não só para bem próprio, mas de todas as pessoas, pela manutenção da Rede.

Falo desse tema por estar atravessando uma fase de decisões a serem tomadas. Não vou dizer que é fácil decidir. É, porém, obrigatório, se quero ter uma vida de sucesso profissional e pessoal. Todos os dias, estou decidindo alguma coisa, seja a roupa certa para usar, ou como vou gastar meu dinheiro, ou como vou organizar os alunos na escola. 

Esse hábito tem contribuído para uma maior produtividade em meus afazeres. Também me ajuda a ser mais paciente com as pessoas, cuidadoso com minhas palavras e assertivo no meu trabalho e no cotidiano. Gosto de ser assim, sinto-me bem. É como se as coisas estivessem se resolvendo dentro de mim, pouco a pouco, um dia de cada vez.


Espero, com esse post, ajudar alguém que ainda não tenha se decidido quanto ao que quer na vida. Exorto, mais uma vez, que o tempo não perdoa ninguém. Ele segue seu caminho, sempre em frente, como tem que ser. Só temos uma chance de fazer acontecer, e essa chance é agora. Lembra do desespero? Isso mesmo, pare de esperar pelo infinito. ESTE é o momento perfeito.


Boa semana!

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